quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pequeno Pedaço de Perfeição

Angustiado pela solidão desoladora do meu ego, desmatelador de pensamentos, arruinador da felicidade, peguei numa pequena amostra desta e alimentei-a com o olhar intensivo sobre toda a geologia suiça, à medida que me surgia por entre os limites pequenos e proibitivos da janela do avião, esse pequeno monstro que atirava furtivamente para os nossos olhos o nome da companhia aérea "Easyjet", com uma cor alaranjada, facilmente colhida pela nossa visão. Maravilhosamente, consegui-me toldar de tal modo que toda a informação que, palmilhando todo este terreno, que basicamente n tem mais que chão como nome, me chega à consciencia como se de um puto de 5 anos, a ver a sua pista de carros nova, prenda do pai no natal passado, me tratasse.
Todas as pisadas que me colocam em contacto com o chão, ou seja, todas, uma vez que n consigo voar, parecem ter uma fonte energia anexada, e conseguem-me reter ao mundo do puto de 5 anos... Este enfoque não é de todo exagerado, uma vez que as experiencias vividas têm inevitavelmente um pouco, ou mesmo muito de subjectividade adjacentes, e atacam-me com uma crueldade tal que fico anestesiado, e qualquer movimento consciente ou inconsciente da natureza, me permite chegar a um acordo comigo próprio que se resume a ouvir essa maravilhosidade, bloqueando qualquer pensamento que possa tentar descrever os factos momentâneos, e seguir o espectacular ritmo do coração que entoa um cântico imponente e causador da calma atingida, de uma constante extrema e imperturbável. Um pequeno vaso, partido e levemente deitado detêm uma história que por simples que seja, a mim, afecta-me de uma forma tão completa que me toma mais tempo de atenção que qualquer montra de produtos caros e fúteis.
Toda a arquitectura remanescente das alturas mais antigas deste país demonstram, na sua essência, uma perfeita adaptação às paisagens absolutamente fascinantes e que, estupido, ou absorto, me deixam na minha pura inocência, de apenas 5 anos vividos. Em complemento, e na minha opinião, com um nível superior de intensidade, admiro as casas rústicas, de campo, que servem de lar a inúmeras vacas que pelos montes, e refiro aqui, alisados pela inexistencia de cultivo e uma camada de relva, alimento das mesmas vacas, deambulam, seres que dão um valor abismal a todo o retrato montanhistico aqui visto. Toda a cidade denota uma cultura e uma integridade exemplar, utilizando, não um livro de leis, mas sim a sua própria rectidão, para servir uma comunidade justa e rigorosa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

VHPower na neve!




Antes de retirar ilações sobre o estado mental de ambos os indivíduos, que de facto mostram uma capacidade exímia em distinguir o bem e o mal, ponderemos sobre o efeito negativo deste vídeo na sua qualidade de "gentleman":


Introdução
Inicialmente, o Moura (H) retrocede momentaneamente, e puxa, com experiência, a porta de madeira que os retém do mundo exterior, gélido, inevitavelmente propício a iniciar uma corrida desenfreada sobre a camada (fofa e angélica) de neve que cobre a calçada antiga e arrumada daquela Travessa Fonte... pobre Travessa à qual nem um artigo definido deram para constituição mais lógica do seu nome, que seria, a meu entender, Travessa DA Fonte. Mas, este mesmo sujeito, não sendo capaz de regozijar a perfeita brancura que recebe as suas pisadas, move-se com um ar determinante, o que demonstra aqui, no fim deste capítulo, que já sabia o que ia fazer e o local já estava predeterminado.
Por sua vez, o Jamaika, (V), qual aprendiz no processo de atravessar o vazio que, momentos antes uma porta preenchia, e que o seu mentor providenciou sabedoria para a deslocar, aparece com um aspecto feliz, na verdade simplesmente feliz. É confrontado com o cenário já anteriormente descrito, e não resiste a sorrir, e a alcançar uma vivência única apenas por vislumbrar o mundo com os seus mesmos olhos, e não por palavras alheias à subjectividade de alguém.


Desenvolvimento
Espero que não tenham lido a introdução, uma vez que o que realmente interessa vem de seguida... a introdução é uma seca pá!!! Dá uma bofetada por teres lido até ao fim! JÁ!!!!!
Depois de quase congelar com a tentativa de tocar plenamente com o ar frio de um dia de neve, o que demonstra aqui a inutilidade dos seus cérebros, decidiram mostrar a sua capacidade em mandar piadas, um tanto ou quanto deprimentes, e finalizando assim o seu grandioso vídeo... aquele que os iria levar mesmo mesmo ao ponto de serem considerados como pioneiros a tocar concertina na neve, fizeram-se à estrada e foram a Penedono, sensivelmente a 3km de distância, pelo caminho, totalmente calcetado, que desvanece no limiar do Montinho e ressurge no limiar de Penedono. No entanto, este percurso tinha já sido ambientado por duas rodadas de tinto, uma primeira de mistura, apenas com o intuito de serem recebidos (ainda que à distância), no bar da associação, por aqueles que já tratam o da vide por tu, e que jogavam às cartas, com plena confiança do que faziam, e com toda a certeza das suas reivindicações. O seu sabor amargo, algo cortado pela gasosa, foi recebido com pouco desagrado, ou melhor, com alguma incerteza no início, mas depois elogiando tal bebida, barata, e de elevado impacto. Mas, entretanto, alguém, feliz da nossa escolha, por estabelecermos ali uma escolha viril, o vinho, denunciou a barbárie em eliminar a qualidade soberba do deus Baco, adicionando a supérflua gasosa, que mais não faz que "estragar" tal bebida, oferencendo-nos assim uma segunda rodada de copos cheios de vinho, e vinho apenas, baço e de sabor amargo...
    Concretizando metade do plano inicialmente estabelecido, que era, de facto, "Vamos até Penedono e tal, vemos o ambiente, o gado, e voltamos a vir", ou seja, "Vamos até Penedono" e verificando também que já não havia ovelhas tresmalhadas além do frio glaciar que presenteava os errantes, a decisão foi a de comer um cachorro, sim, um simples cachorro, pão, uma salchicha, batatas fritas em forma de palito, e molhos à mistura. A sensação foi de poder, acima de tudo, o poder comer um cachorro num dia de neve no concelho.


Conclusão
    São 01:23 da manhã, eu, H, permaneço online, a falar com o V sobre concertinas, a escrever blasfémias num site qualquer, também de concertinas, amanhã vou tocar concertina, tenho uns óculos em formato de duas concertinazinhas presas por uma fivela e ..... que colado!!!!!!!!!





PS: N tenho mesmo uns óculos como os que retratei, achei apenas engraçada a imagem. Tenho no entanto uma amiga invisível chamada Lady Concertina, com quem já passei muitos momentos felizes.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Passagem de ano

De facto, e para regozijo pessoal, a passagem de ano mais recente, seguindo os mesmos adereços das anteriores, manteve o seu factor, acima de tudo "familiar", onde as aspas tentam transparecer algo que não é literal, e aqui, evidentemente que não é de todo literal o sentido de família, uma vez que não existem laços hereditários, ou sanguíneos, que ligam as pessoas que mantêm a necessidade de união nesta terra, que muitos descrevem como airosa, a Granja.
Os VHPower, com a mítica e não usual expressão, acima de tudo humorística, e que obviamente não pretende ofender nada nem ninguém, "até ma choras!" mostram, de facto, a estupidez que toda a inteligência não consegue dissolver. O humor contido nesta expressão, apenas é possível ser transmitido por quem a usa, se  este realmente conseguir atentar em toda a excepcionalidade que expõe. Apenas digo, Primeiro estranha-se e depois entranha-se.

Destino posteriormente mais favorável à continuação da "passagem de ano", ridiculamente tida por PDA, uma vez que esta está associada globalmente ao Personal Digital Assistant, foi, por raridade de escolha, a Via Láctea. Depois de uma coca-cola, servida num copo de plástico, fino, com sensivelmente 10cm de altura, em que 1 cm serve para a base e 2 são ocupados pela espuma e gelo, arrematado por uma palha preta, por onde, a quantidade de líquido que o atravessa é proporcional ao vácuo que se tenta produzir na boca, ou mais conhecido como o chupar, que retém uma conotação bastante sensível, não para mim, mas para algumas mentes com modelos psicológicos determinísticos, deambulei por quase toda a imensidão do pavilhão da discoteca, inicialmente, e naturalmente, atentando ao efeito da aparência de cada fêmea no meu cérebro, verificando que realmente, a noite não tem mais do que delinquência e libertinagem no bolso.
Bom, verificando que não era do meu interesse apontar alvos, por alguma falta eventual de timing, que sempre me corroeu, ou o terror de abordar uma miúda, tentei descobrir o que era então uma noite na discoteca, neste caso, a Via Láctea.

Verifiquei que as pessoas tendem a dispor-se em grupos, o que elimina, de certa forma, a facilidade de conhecimento entre sexos distintos, o que não quer dizer que não haja, mas apenas para os mais astutos, ou de elevado grau de sex appeal. É portanto interessante verificar que, de facto, a sociedade é o fruto de relacionamentos, que podem ou não pretetuar, baseados na aparência. Claro que a intelectualidade social demonstra uma grande oposição a este facto, mas no entanto, é verídico. Porquê? É da natureza humana escolher para a procriação elementos da sociedade cujas características permitam descendências mais fortes,   e também.... de melhor aparência, a primeira do homem, a segunda da mulher.