domingo, 3 de abril de 2011

O francês

do campo pequeno
à reinaldo ferreira
num andar afoito
rápido
e ritmado pelo pensamento contínuo,
a sombra que nos
procura
infindavelmente,
avenidas se desdobram
a cada esquina que se contorna
e luzes permitem
criar uma ideia de segurança.
Nessa praça
que a igreja defronta, duas rodas
por um quadro unidas, em simultâneo giravam,
correndo, esmagando,
como uma mula, que na sua verdade,
o objectivo de transporte é.
Um bigode, óculos e cabelos
pelos anos 70 devolvidos,
criavam ali a cena realizada e dirigida pelo mundo
mas umas vestes surgiam por trás
deste museu de arte que já foi
e esse acontecimento invulgar que é
a visão
deslumbrante
e simbólica
de alguém que feliz, e de ar ingénuo, angelical
se apoderou do assento de trás
daquela bicicleta.
Mas quanta desta verdade é de facto

verdade?

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